São João Batista Imperador João Manuel Avares Ferreira Cheim 2011 Imperador João Manuel Avares Ferreira Cheim 2011 |
Império de São João Batista Imperador: Leonardo Freire Bandeira 2009 |
Folia de São João Batista Folião: Francisco.F.Silva 2010 |
Esta festa tem origem em países católicos da Europa. De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial.
A tradição de soltar fogos de artifício veio da china, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para fabricação de fogos.
Todos esses elementos culturais foram com o passar do tempo, misturando – se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus), nas diversas regiões dos países, tomando características particulares em cada uma delas.
Estas festas nos fazem reviver mitos e nos trazem ao palco da vida atual cenas da história de São João Batista.
Quando os portugueses chegaram com seus jesuítas, ao Brasil, em torno de mil e quinhentos, trouxeram em sua bagagem todas as suas crenças e costumes. Eles foram os primeiros a acender fogueiras e tochas para comemorar a festa de São João.
No dia 23 de junho, muitas famílias acendem uma fogueira nas portas das suas residências, onde são servidos várias comidas típicas, quentão e o vinho quente. A meia noite é o momento das superstições, onde as jovens espetam uma faca na bananeira, para ver o nome do bem amado. Algumas pessoas, em uma tábua, escrevem os nomes dos meses do ano e colocam em cada uma pedra de sal e dá três voltas ao redor da fogueira e depois depositam essa tábua em algum lugar. No outro dia pela manhã, observam o período da chuva, é incrível, mas confirma.
Essas festas são realizadas pela Igreja Católica; inicia-se com folia que gira toda a cidade e encerra no dia 23 de junho à tarde, na igreja. Na noite do dia 23, na porta da igreja, o juiz da fogueira acende uma fogueira que simboliza a anunciação de Izabel a Maria, do nascimento de João Batista. O Capitão do Mastro, como de costume, sai da sua residência até a igreja acompanhado pelo toque da sanfona e iluminado por rolos de cera e animado com fogos; chegando à igreja, são dadas 3 voltas em louvor a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, e ao replicar do sino, um grupo de homens ajudam a levantar o Mastro que é aplaudido com muitos fogos coloridos.
No dia 24, às 15h, a comunidade se reúne na casa do imperador, de onde sai o cortejo para igreja. A comitiva do imperador caminha em procissão dentro de um quadro formado por quatro varas enfeitadas com as cores vermelho e branco carregado por crianças. Acompanhados pelo sanfoneiro e seu grupo. Atrás vem à comunidade e o foguetório. Na igreja, se sentam em lugar de destaque ornamentado. É realizada a celebração, focalizando bem os valores de São João Batista, depois cantam o bendito, finaliza-se com o sorteio dos mordomos (contribuição doada pela comunidade e festeiros do ano seguinte). Após esses rituais, o quadro inclui os novos festeiros sorteados e volta à residência do imperador, onde é oferecido o banquete gratuitamente com biscoitos, salgados, doces e bebidas. Como de costume possui uma mesa ornamentada para o imperador e sua comitiva.
FOLIA
Ajuntamento de fiéis que percorrem as casas da cidade. Neste giro pedem esmolas que é arrecadado para manutenção de despesas da igreja. Quem comanda o grupo é o alferes sempre empunhando a bandeira do Santo com o compromisso de conduzi-la por um período de 7 a 9 dias. Os demais que acompanham a folia são chamados foliões que são recebidos nas residências e quando a porta é aberta, os membros da família beijam a bandeira em um ato de fé. Então a bandeira percorre todas as casas, que vai sendo abençoado ao som de benditos cantados. A folia se retira depois de receber a doação feita pelo dono da casa e, às vezes, tem a catira e a curraleira. Segue o giro. A residência que recebe a folia para o almoço ou o jantar, é uma mesa farta e os foliões entoam um bendito de agradecimento. A residência que oferece, também fica sendo.
CATIRA - cerca de dez dançadores se colocam em duas fileiras, de frente uns para os outros, sapateando e batendo palmas de forma ritmada acompanhados por dois violeiros e repentista sendo uma manifestação típica de festa religiosa, os violeiros envolvidos nesse desafio se interessam basicamente em demonstrar sua habilidade em executar o instrumento e rimar. Os dançarinos fazem evoluções variadas e encerram sempre com o recortado.
Originalmente era dançada somente por homens, no entanto, atualmente já existem grupos mistos ou formadores por crianças e adolescentes.
CURRALEIRA - companheira da folia, que remonta ao ciclo do outro, com coreografia específica, é representada em três partes: passeio, trocado e sapateado.
O arremate da folia às 18:00 horas um dia antes do Santo homenageado na matriz de Sant’ Ana.
MATINA
Na madrugada, véspera da festa, as pessoas que guardam a tradição da matina se reúne na porta da igreja para sair num musical alegre cortejo pelas ruas da cidade. Ao passar pelas casas dos amigos e especialmente dos festeiros do ano, o colégio entoa versos improvisados que convidam as pessoas a participarem da matina.
Mesa do Banquete do Império de São João Batista 2009 |
Cortejo para Igreja Império de São João Batista 2009 |
Cortejo para Igreja Império de São João Batista 2009 |
Celebração na Igreja do Império de São João Batista 2009 |
Império Imperador: Cleomar Pimentel 1986 |
Acompanhamento do Mastro até a Igreja |
Missa Solene Mastro e Folia |
Procissão de Entrada da Missa Capitão do Mastro e Foliões |
Alvorada de São João Batista 2010
Folião: Francisco Ferreira da Silva
Foliões |
Tia Cota, Tia Zélita e Nenê, marcando presença na Alvorada |
Wesley animando a Alvorada |
Folião -Caixeiro -Tradicional Zeca Pau Ferro |
Foliões Afinando os Instrumentos |